tag:blogger.com,1999:blog-17028316968128532062024-03-13T15:35:38.565+00:00PoeMaconge(Poesia Macongina - Sonho, Lenda e Fantasia!)José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comBlogger150125tag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-36147006180380396702016-06-26T13:36:00.001+00:002016-06-26T17:49:23.492+00:00Soba meu<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>Estive ontem na ilha, nesse pedaço de terra amada</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>- naquele em que quem dela se ausenta pedacinho leva -</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>lá matei a minha sede, da juventude sorvi o néctar!...</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<em><strong><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> </span></strong></em></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>Soba meu,</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>não deixes falar tanto a amargura, a desértica aridez.</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>Olha que a saudade que circunda o nosso chão é imensa,</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>e é dela que nossa alma se alimenta…</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<em><strong><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> </span></strong></em></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><em><strong>Nesse imenso alimento dilui-se o amargo sal,</strong></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";"><em><strong><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">nas águas dessa magia seguiremos sempre jovens,<o:p></o:p></span></strong></em></span></div>
<span style="font-family: "calibri";"><em><strong><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">sempre na reinação macongina!<o:p></o:p></span></strong></em></span>José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-53655579564425634402008-10-08T12:28:00.000+00:002008-10-08T12:29:10.101+00:00COMPANHEIROMaconge acontece<br />sempre que vens<br />com as ideias que tens<br />e a malta agradece;<br />sem ti o que existe<br />é um fio de quimera<br />e o que subsiste<br />é o amargo quem dera,<br />por isso vem,<br />traz lembranças,<br />traz outros também:<br />voltemos a crianças!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-10496819906425453752008-10-08T12:26:00.000+00:002008-10-08T12:28:15.972+00:00EM MACONGEVolto à fonte dos tempos<br />às águas livres, à tona<br />aos livros, aos quedes de lona<br />e a rolos de contratempos<br /><br />mas foram os dias felizes<br />e não as contrariedades<br />que deixaram verdades<br />nas minhas matrizes<br /><br />e algumas em Maconge estão<br />na lábia linha e lata<br />na Amizade que ata<br />a Solidariedade à razão<br /><br />de viver a Fraternidade<br />como se todos da mesma idade!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-58513531570311458402008-10-08T12:22:00.001+00:002008-10-08T12:23:52.993+00:00CEIA DE ALTEFomos a Alte,<br />a uma Ceia Linda.<br />Que nada nos falte,<br />ainda que ainda<br /><br />abraços fiquem<br />nas vozes do fado<br />e as faces choraminguem<br />o Sul do nosso lado.<br /><br />A haver o que nos falte,<br />que não seja a saudade,<br />nem que a dor nos salte<br />de encontro à idade.<br /><br />Até para o ano,<br />noite gelada,<br />à chama do pano<br />duma capa surrada.José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-21455414822569556122008-10-08T12:21:00.001+00:002008-10-08T12:22:26.623+00:00CAPA E BATINACerta vez, andava eu<br />mais ou menos sorumbático,<br />quando da "Toca" do Liceu<br />ouvi um "Ei!" majestático:<br /><br />era o Presidente da Academia,<br />de nobre porte... a rigor<br />- vinha dizer se não queria<br />ter por alma aquela cor.<br /><br />Capa e batina,<br />Maconge e serenatas?!<br />Mas quem não quer de sina<br />as linhas, lábias e latas<br /><br />de uma capa a esvoaçar<br />com um estudante a reinar?!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-35135878793375019472008-10-08T12:17:00.000+00:002008-10-08T12:20:29.776+00:00Finalmente os Presidentes Da Academia foram homenageadosVISCONDES<br /><br />Ainda não direi, condignamente.<br />Ainda me soube a pouco:<br />não chegou verdadeiramente<br />a verdade ao meu ouvido mouco.<br /><br />Mas tenho esperança<br />de ouvir uns gaios<br />com fortíssima cagança<br />reunirem ilustres raios<br />e decretarem a mudança.<br /><br />Ai tenho, tenho!<br />Não faz o homem o engenho?José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-43991981868815729742008-10-08T12:16:00.001+00:002008-10-08T12:17:54.508+00:00Quando às vezesQuando às vezes<br />inesperável e fria<br />a noite nos cai<br />em pleno dia,<br /><br />é bom ter um quintal<br />um canteiro de pura relva<br />um ombro de bornal<br />avesso à sorrelfa.<br /><br />É bom ter Maconge<br />em pecúlio da beleza,<br />na malta daquele longe<br />que é nossa certeza,<br /><br />e dizer-lhes: oiçam lá,<br />mandem avisos<br />que precisamos por cá<br />dos vossos risos!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-85903181449380281612008-10-08T12:11:00.002+00:002009-07-03T18:59:16.668+00:00A GOTEIRA SUL DO MEU CHAFARIZInquietaram-me as águas<br />com um convite:<br />-"Vamos baptizar um bambu,<br />filho do Bambu!"<br /><br />Lá fui, palmilhando asfalto,<br />remexendo malas de porão,<br />agitando sombras pousadas<br />em quindas de então:<br />duendes que o corpo traz<br />de águas passadas.<br /><br />Uma dúzia de nostálgicos,<br />penso eu. Não era o repasto,<br />mas aquele Filho do Liceu,<br />que lá nos levava.. o rasto<br />indelével da juventude<br />que aquela planta regeu.<br /><br />Foi assim, que águas antigas<br />de fontes das minhas manhãs<br />voltaram em gotas aspergidas<br />na benção, ao molhar os tantãs,<br />esses orgãos que nos traem<br />quando as saudades nos saem.<br /><br />Voltei à Serra do meu vento<br />e revi as folhinas da raiz<br />onde busco forças e alento<br />à goteira sul do meu chafariz.José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-68474740735014386322008-10-08T12:09:00.001+00:002008-10-08T12:11:22.539+00:00Preclaros ColegasAgora que vos encontrei<br />não me deixem escalavrar<br />a túnica que confeccionei<br />ao vos abraçar:<br /><br />aquele manto antigo<br />de olhar límpido e puro<br />de falar aberto e amigo<br />sem dogmas nem muro.<br /><br />Não deixem que me esconda<br />na noite ou noutro lugar<br />a não ser que dele responda<br />em fado a cantar.<br /><br />Vão vindo tempos do além<br />e à floresta do nosso viver<br />requestada de amor convém<br />outra lua renascer.<br /><br />Venham comigo...<br />Obriguem-me a ir convosco...<br />O mar não terá sentido<br />se não nos tivermos no rosto!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-34654123383215848122008-10-07T00:38:00.001+00:002008-10-07T00:40:43.278+00:00Parte um maconginoParte um macongino,<br />e com ele uma parte de nós<br />vai também nesse destino,<br />porque as rendas têm nós,<br /><br />e em um se desfazendo<br />a arte se modifica<br />e a outro irá correndo<br />como fio de água em bica,<br /><br />e os desenhos fendidos<br />agarram-se aos afluentes<br />contando casos acontecidos,<br />cimentando sobreviventes<br /><br />que falarão do amigo,<br />e ao vir água cristalina<br />dirão o que digo<br />- não me saias da retina,<br /><br />e falarão do velho leão<br />como só o faz o coraçãoJosé Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-1973979635696447202008-10-07T00:36:00.001+00:002008-10-07T00:38:16.696+00:00D. VERÂNEO JORGEPor certo viste,<br />D. Verâneo,<br />da dor, o sucedâneo,<br />quando partiste;<br /><br />de entre as tuas gentes,<br />como a dor emaranhou<br />lianas e brotou<br />- e fomos valentes;<br /><br />e queremos continuar<br />rochas valentes, Amigo<br />- contamos contigo<br />,não nos deixes vacilar,<br /><br />e que campos de lírios<br />e céus reluzentes<br />sejam sementes<br />dos teus martírios.José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-27350227781060212042008-10-07T00:33:00.001+00:002008-10-07T00:35:40.641+00:00D. PIPONa cela da vida foste herói.<br />Nas planuras do além algo mais serás.<br />Depois do que cavalgaste "cowboy",<br />melhores montadas decerto terás.<br /><br />Quanto a nós, meu amigo,<br />uma estrela se foi, outra brilha<br />no silêncio que não levaste contigo:<br />a amizade que nos ficou de quilha!<br /><br />Imparável<br />neste mundo imperfeito,<br />era a árvore do teu jeito,<br /><br />e inigualável<br />neste mundo cão<br />era o teu abraço irmão.<br /><br />Adeus D. João Simões,<br />Marquês da Montipa, «Velho» Companheiro.<br />Maconge definha na Terra e engrandece-se no Além.<br />Cumpre a ironia do Berço.<br /><br /><br />Valério GuerraJosé Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-18363083099965058672008-10-07T00:29:00.001+00:002008-10-07T00:32:44.447+00:00D. PIPONo meio da tanta consternação,<br />no meio de um silêncio abissal,<br />afastou-se, sem adeus, nem sermões,<br />aquele que de todos Amigo foi, afinal,<br />que a todos recebia com um abração.<br />Assim, simplesmente D. João Simões.<br /><br />D. Pipo foi também para parte incerta.<br /><br />Direito, como sempre, vais, pela certa,<br />por uma chana do Céu, enluarada,<br />a declamar a tua poesia tão afamada:<br /><br />«oh nocheirinha da Vipunga<br />C'o beco a nocha cai no chão<br /><br />ai ó Frorinda,<br />só teus mavero não cai,<br />ai ó Frorinda,<br /><br />nos parma da minha mão»<br /><br />(Ah grande Pipo !!!<br />Que suave seja a tua caminhada)<br /><br />NECO<br /><br />25.10.2007José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-19946961106521636312008-10-03T20:47:00.004+00:002008-10-03T20:55:09.179+00:00Não te rales MacongeNão te rales Maconge,<br />mesmo quem te diz friamente,<br />diz oiro-mel de sol<br />e raízes ternamente,<br /><br />e não consegue disfarçar<br />o que sabe da paisagem<br />com a mente, erva de viagem,<br />entre a floresta e o mar.<br /><br />Por isso, Maconge,<br />tu és todo e qualquer lugar,<br />onde vás, onde estejas,<br />há o berço em teu olhar,<br /><br />há uma Capa que te cobre,<br />há uma saudade nobre!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-49173087669844630452008-10-03T20:45:00.003+00:002008-10-08T12:08:46.262+00:00MACONGEMaconge é Reino de Lenda.<br />Cada contador sua narração.<br />Burro velho não tem emenda.<br />Quem o vive doura a tesão.<br /><br />Por essa subi a parvo:<br />os elogios comovem<br />fico abelha em favo<br />as palavras chovem.<br /><br />É uma sensação esquisita:<br />há camaleões em toda a parte,<br />mudam de cor a cada visita.<br />Inteligentes chamam-lhe arte.<br /><br />Tenho medo de inteligente.<br />Camaleão é gente?José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-45203878164583494652008-10-03T20:42:00.002+00:002008-10-03T20:54:17.208+00:00VALÉRIO, ÉS UM SOBA A SÉRIOMEU VATE PENSADOR, ESTÁS A VER,<br />DO QUE É CAPAZ, A TUA FILOSOFIA?<br />ESTÁS JÁ NA BOA VIA. EU NÃO DIZIA?<br />SE O REINO CRESCE, MAIS HÁ QUE FAZER.<br /><br />ESTAR EM TODO LADO NADA TEM DE MAL.<br />SEMPRE ASSIM FOI A ALMA DE MACONGE<br />NADA DE MATERIAL EXISTE, NEM DE LONGE<br />O QUE NOS MOVE É A AMIZADE UNIVERSAL.<br /><br />A ÚNICA EXCEPÇÃO OCORREU EM PORTUGAL<br />ONDE, POR IMPOSIÇÃO DO AMOR FRATERNAL<br />E DA NECESSIDADE VITAL, SEM PEIAS NEM MEIAS,<br />CRIOU MACONGE SUAS COLÓNIAS EUROPEIAS<br /><br />SERIA PORQUE NÃO HÁ REGRA SEM EXCEPÇÃO?<br />QUE O DIGA QUEM SABE, PORQUE EU NADA SEI,<br />AINDA QUE SE SAIBA QUE NUM REINO DE ILUSÃO,<br />COM LÁBIA E LATA TUDO VALE, NÃO É MERMÃO?José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-47208418084431927292008-09-30T01:57:00.001+00:002008-10-03T20:53:46.569+00:00MACONGE É TUDOAo feitiço da negra capa,<br />o da natureza fica a perder,<br />e a ambos ninguém escapa.<br />O que estou aqui a fazer?<br /><br />Então, estou a viver o quê, aqui,<br />que não tenha noutro lado?!<br />Que orixá há por aqui,<br />que noutro lugar me seja negado?!<br /><br />Se a lua é igual em toda a parte,<br />o que tem Maconge ao luar,<br />que as árvores recordam obras de arte<br />e as sombras são silêncios a deslumbrar?!<br /><br />Se em Maconge tenho o que me falta,<br />então nada falta a tudo o que tenho,<br />e, se mais ardente o espírito da malta,<br />mais longínquo é o que desdenho.<br /><br />Ora, sem nada de profundo,<br />respondo-vos ao que estou aqui a fazer:<br />a engrandecer o meu mundo<br />neste outro que é meu perder!<br /><br />Maconge é tudo<br />e ainda tem tudo para ser!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-70561598682724604462008-09-30T01:49:00.005+00:002008-10-03T20:53:05.510+00:00Conheci, ainda moçoConheci, ainda moço,<br />uns sóis de Maconge,<br />num oásis, daqui bem longe,<br />quando peso a mais não era osso.<br /><br />Um, era Rei,<br />um imbondeiro enorme<br />cuja flor se consome<br />onde haja da sua grei;<br /><br />o outro, seria confrade,<br />se fosse caso disso<br />e não régio feitiço<br />de companheiro sem idade;<br /><br />foi Vice-Rei, Majestoso,<br />e deixou-nos o legado<br />do reino por todo o lado<br />ser rio augusto e saudoso.<br /><br />Agora, o Segundo<br />Vice-Rei, por obra e graça,<br />não interessa, é da praça,<br />abriu-nos o Mundo:<br /><br />Maconge não é Sul nem Norte,<br />e se o reinado é contestável,<br />ainda bem, é louvável,<br />da diferença nasce a sorte,<br /><br />e neste que temos,<br />saibamos os outros louvar,<br />como rios que vão dar ao mar,<br />o mar de onde bebemos,<br /><br />saibamos, por Maconge,<br />fazer o que nos lisonge!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-51151611941586512672008-07-28T19:42:00.002+00:002008-07-28T19:50:46.443+00:00Ao Pipo "Frôre do Mato"Em Angola havia por todo o lado<br />Nascia, crescia sem ser esprantado<br />Cobria kubata, redondo jango<br />E as chanas do nosso Lubango:<br />Boca da Humpata, Mapunda, Mukanka<br />Machiqueira, Tundavala e Palanca.<br />Os kafeco tirava nele as suas carcinha<br />Pra fazer xixi ou dar umas kekinha<br />Enfeitava com ele densa karapinha<br />Fazia com ele a colorida kimbalinha<br />Punha dentro dela os ôvo e as garinha,<br />Mirangolo, fruta do mato, cará e farinha,<br />Boa nocha perfumada e madurinha<br />Também levava a vulgar vassourinha,<br />Caneca d'azeitona medida da fubinha<br />Pra pesar fruta os prato d'arumínio.<br />O campo era seu vasto verde domínio<br />Pastava nele: Makópio, Kandimba, cabrito<br />Mabata e carraça mardita, ruim<br />Tanta fartura ki dava, eu nem acredito!<br />Sozinho não nascia espalhado assim:<br />Fora por Deus esprantado o belo Kapim<br />Kota-kota di chá e o kuriangombe bendito!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-8652724402451076792008-07-28T19:20:00.002+00:002008-07-28T19:42:24.794+00:00"Os capim..."Os capim, os capim danado<br />Que nasce no monte<br />Sem ser esprantado...<br /><br />Ai ó cafeco quem farou a ti<br />C'as frôr do mato<br />Não era os capim?...<br /><br />...<br /><br />Ai ó Amélia porque estás inchada?<br />Ai Qui bicho foi, Qui ti mordeu<br /><br />Foi o marimbondo<br />Mi deu dois picada<br />Mi deu dois picada<br />Mas também moreu<br /><br />...<br /><br />Os peito das Carolina<br />Tem una lenço a tapar<br />Quando a Carolina anda<br />O lenço fica a saltar...<br /><br />...<br /><br />Tem chipoque, tem chipoque<br />Tem chipoque nos panera<br />Tu não come mais chipoque<br />Qui ti vai dar diaréra...<br /><br />Tempo de chuva mi dá os frôre<br />E também fruta mi dá<br />Os piápia vai e vorta sempre<br />Um gajo morre já não vorta cá...<br /><br />...<br /><br />Oh nocheirinha da Vipunga<br />C'o beco a nocha cai no chão<br /><br />Ai ó Frorinda<br />só teus mavero não cai<br />Ai ó Frorinda<br />Nos parma dos minha mãoJosé Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-90942387984399177682008-07-26T09:27:00.003+00:002008-07-26T09:44:37.663+00:00Maconge Em Alegria(refrão):<br />Lá vem Maconge em alegria<br />Lá vem Maconge par'á folia,<br />Nascem na Chela as tradições<br />Que coisa bela par'os nossos corações.<br /><br />Foi em Maconge que nós crescemos,<br />Reino bem longe onde vivemos,<br />É em Maconge que a Amizade<br />Vem de bem longe como a Verdade;<br /><br />(refrão):<br />Lá vem...<br /><br />E quando a Ceia estiver a acabar,<br />O Rei Dom Caio vamos lembrar,<br />E a Dom Mário, o Vice-Rei,<br />Eu vou dizer que o viró-vira já virei.<br /><br />(refrão)<br /><br />Há quanto tempo dura esta Amizade,<br />Esta Fantasia que é coisa bela,<br />Assim cantamos nossa saudade,<br />Capa e batina, Serra da Chela.<br /><br />(refrão)José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-59265470848501103412008-07-26T09:17:00.003+00:002008-07-26T09:44:22.480+00:00Prosápia do Soba (2)Aproveitando o tempo frio de Janeiro<br />É sempre pretexto para aquecermos<br />Estarmos numa Ceia com os seus rituais;<br />Canta-se o Hino sempre, primeiro,<br />Para o sumo de Baco a seguir benzermos,<br />Com viró-vira em honra dos ancestrais.<br /><br />Se a nobreza do Reino o consentir,<br />E a malta sempre fixe assim quizer,<br />Com a sopa, no estômago aconchegada,<br />Vamos, velhas trovas voltar a ouvir,<br />Logo após se poisar a tal de colher;<br />Antes da perca vir bem estufada;<br /><br />Já tenho saudades do "coitadinho do galo",<br />Mais do nosso "chapéu aos quadradinhos",<br />E, se a "velha da ilha" assim o permitir,<br />O chefe do protocolo vai tocar o badalo,<br />Para se ouvirem, bem desafinadinhos,<br />Os cantores que aparecem a seguir.<br /><br />Quem, depois, quiser botar faladura,<br />Ou apresentar suas doutas opiniões,<br />Terá o espaço a tal arte dedicado,<br />Seja nobre, plebeu ou padre-cura;<br />Após a sobremesa para os glutões,<br />SILÊNCIO, que se vai cantar o FADO!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-11009467913405544452008-07-26T09:13:00.002+00:002008-07-26T09:43:56.339+00:00Quadras soltasAo ser macongino<br />sou órbita de um Reino<br />a face de um Hino<br />a juventude que treino!<br /><br />...<br /><br />Quem Estudante diz<br />diz espíritos sadios<br />que Maconge quis<br />jovens reinadios.José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-8186386284743019462008-07-26T08:58:00.004+00:002008-07-26T09:43:35.366+00:00Maconge, MacongeMaconge, Maconge<br />se fosses mar<br />que eu pudesse navegar<br /><br />ou ter não mão<br />opaco ou cristalino<br />ou lã de merino<br /><br />às ondinhas brancas<br />e as pudesse afagar<br />- talvez cantar<br /><br />seria mais fácil<br />dizer da <strong>Fantasia</strong><br />do <strong>Sonho</strong><br />em pleno dia<br /><br />dos azuis que vê<br />quem acredita na <strong>Lenda</strong><br />e nada tem de prebenda!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1702831696812853206.post-38247504480854739092008-07-26T08:44:00.003+00:002008-07-26T09:42:36.920+00:00A Velha QuestãoA velha questão, deixou de ser?<br />-"O que são os maconginos?<br />Uns crescidos meninos<br />que se juntam para beber!"<br /><br />E alguém diz:<br /><br />que foi um grupo de rapazes<br />que a saudade juntaram<br />e que foram tão audazes<br />que um Reino fundaram?<br /><br />que esse Sonho lindo<br />num mundo se transformou<br />onde a alma indo<br />menino outra vez sou?<br /><br />que essa Lenda<br />o que tem de saudade<br />se esbate na prenda<br />da Amizade?<br /><br />que a Fantasia<br />- a eviterna meninice<br />é uma ousadia<br />e não uma crendice?<br /><br />E alguém diz:<br /><br />que a beleza de Maconge<br />é o oposto da desigualdade<br />e que as mãos trazem de longe<br />o desejo de Fraternidade?...<br /><br />Alguém... esse alguém...<br />é certamente ninguém!José Jorge Fradehttp://www.blogger.com/profile/04971832425325893733noreply@blogger.com