Conheci, ainda moço,
uns sóis de Maconge,
num oásis, daqui bem longe,
quando peso a mais não era osso.
Um, era Rei,
um imbondeiro enorme
cuja flor se consome
onde haja da sua grei;
o outro, seria confrade,
se fosse caso disso
e não régio feitiço
de companheiro sem idade;
foi Vice-Rei, Majestoso,
e deixou-nos o legado
do reino por todo o lado
ser rio augusto e saudoso.
Agora, o Segundo
Vice-Rei, por obra e graça,
não interessa, é da praça,
abriu-nos o Mundo:
Maconge não é Sul nem Norte,
e se o reinado é contestável,
ainda bem, é louvável,
da diferença nasce a sorte,
e neste que temos,
saibamos os outros louvar,
como rios que vão dar ao mar,
o mar de onde bebemos,
saibamos, por Maconge,
fazer o que nos lisonge!