Fui a Setúbal, à Quinta dos Vanicelos;
Buscar os livros, que são os mais belos,
Vistos nesta terra tão curta e bela vida
Torrei bem ao sol, espera merecida.
Feitos à mão, computador, sala de Kimbanda;
Trouxe um tesouro, aqui para a minha banda
Made in Casa, de Setúbal Sobado;
Até da Claudinha são do agrado.
É que a Suzete, além de Poetisa
Não deixa o Necas andar à deriva;
É a Santa que atura tal Génio,
Naquela fonte de água e oxigénio;
Tipografia, Gráfica da Huíla,
Lá, em Setúbal, tem o Mumhuíla,
Prensa de madeira com parafusos
Roca de poemas, com tantos fusos.
Fusos dos poemas a tecelar
Fusos horários, sempre a despertar
Tear, a prensa que os livros cola;
Com os mais belos poemas de Angola,
Nunca pensei que é na paciência
Que tem Dom Necas tão pura Ciência.