PRESIDENTES DA ACADEMIA

Com lata, lábia e linha,
o meu discurso vem preitear,
da malta sonsinha,
os que foram Presidentes a reinar.

Naquele tempo o Mukufi corria
à voz troante de uns quantos
Presidentes da Academia,
e sob os seus negros mantos

cresceu a irmandade
para um Reino também eterno,
este agora, de augusta mocidade,
entre honoris cábula e moderno.

Enfim, sejamos francos,
destas cepas de uva tinta
não se soube de juízos mancos
nem de praxes sem grande pinta,

nem de arco-íris ou jeitosa flor
"malmente" cobiçada,
como não houve mau cantor
nem serenata não afamada,

e a vós, Presidentes,
se deve este reboliço
de tinto e capa serem sementes,
e de Maconge não haver sumiço.