Vou a Maconge

Vou a Maconge sem dar por isso
(estou sempre em Maconge),
preso a seu feitiço,

a seu vento sem asas,
chamamento de casas,
pedras negras do Liceu
e capas negras do meu eu.

Não é muito o que disponho,
porém é muito vivo o sonho:

simples... grande,
ainda agora
se expande
com quem vai embora.

Maconge tem dentro
um passado que freme,
a amizade por centro
e a lenda por leme;

é um mar de sinal
que D. Caio nos legou,
uma vaga universal!...
um Reino... onde sou!