Nas Ciências Anormais

Nas tais de Ciências ditas Naturais,
A Manuela era a nossa fera;
Entre chamadas escritas e orais
A Nóbrega estava sempre à espera

De ver a malta atrapalhada,
De nos encher de negativas;
E até, numa resposta meio errada,
As cotações de zero eram efectivas.

Os “marrões” que tiravam positivas
Com qualquer dez ficavam contentes
E a Manuela, sem nos dar alternativas

Sem sorrir, nem mostrar os dentes,
Não ligava nada às preces aflitivas
Dos que já eram repetentes.